8 de jun. de 2013

Teoria da Burocracia

Origens da Teoria da Burocracia 

 A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de 1940, em função dos seguintes aspectos:


  1. A fragilidade e a parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. Ambas revelam o ponto de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo.
  2. A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar toas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente a fabrica, mas toda a forma de organizações humana e principalmente as empresas.
  3. O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem-definidas. Milhares de homens e mulheres colocados em diferentes setores de produção e em diferentes níveis  hierárquicos : os engenheiros e administradores no alto da pirâmide e os operarios na base. Devem executar tarefas especificas e ser dirigidos e controlados. Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação.
  4.  O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, seu criador. A Sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização e as organizações não tardaram em tentar aplica-lo na prática, proporcionando as bases da Teoria da Burocracia.

Origens da Burocracia

 

A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequadação dos meios aos objetivos(fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência  possível no alcance desses objetivos. As origens da burocracia remontam à época da Antiguidade.
   

Burocracia como forma de Organização

A burocracia - tal como ela existe hoje, como a base do moderno sistema de produção - teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento, Weber salienta que o sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, como afirma Kari Mark, mas de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou "ética protestante", o trabalho duro e árduo como dádiva de Deus, a poupança e o ascetismo que proporcionaram a reaplicação das rendas excedentes , em vez do seu dispêndio e consumo em símbolos materiais improdutivos de vaidade e prestigio. Verificou que o capitalismo, a burocracia(como forma de organização) e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas nos países protestantes e não em países católicos. As semelhanças entre o protestante ( o Calvinista, principalmente) e o comportamento capitalista são impressionantes. Esses três formas de racionalidade se apoiaram mutuamente nas mudanças religiosas. Para compreender a burocracia, Weber estudou os tipos de sociedade e os tipos de autoridade.

 Fonte Bibliográfica : Idalberto Chiavenato
                                                         Introdução
                                           Teoria Geral da Administração
                                      Sétima Edição, Revisada e Atualizada
                                           Editora: ELSEVIER- CAMPUS

Teoria Estruturalista

 As origens da Teoria Estruturista na Administração foram as seguintes:


  1. A posição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas - incompatíveis entre si - Tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa.
A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese  da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber e, até certo ponto, nos trabalhos de Karl Marx.

   2.  A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social e complexa, onde interagem grupos sociais " que compartilham alguns dos objetivos da organização (como viabilidade econômica da organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir dos lucros da organização). Nesse Sentido, o dialoga maior da Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas.
  3.   A influencia do estruturalismo nas ciências sociais  e sua percussão no estudo das organizações. O estruturalismo Teve Forte Influencia na filosofia, na Psicologia (com a Gestalt), na Antropologia (com Claude Lévy- Strauss), na Matemática (com N.Bourbaki), na Linguística, chegando até a teorias das organizações com Thompson, Etzioni e Blau.
Nas ciências sociais, as ideias de Lévy- Strauss (estruturalismo abstrato : a estrutura é uma construção abstrata de modelos para representar a realidade empírica), de Gurwitch e Radcliff-Brown ( estruturalismo concreto : a estrutura é o conjunto de relações sociais em um dado momento), Karl Marx (estruturalismo dialético,  a estrutura é constituida de partes que, ao longo do desenvolvimento do todo, se descobrem, se diferenciam e de uma forma dialética, ganha autonomia uma sobre as outras, mantendo a integração e a totalidade sem fazer soma ou reunião entre si, mas pela reciprocidade instituída entre elas) e de Max Weber ( estruturalismo fenômenológico: estrutura é um conjunto que se constitui, se organiza e se altera e seus elementos têm uma certa função sobre uma certa relação, que impede o tipo ideal de estrutura de retratar fiel e integralmente a diversidade e a variação do fenômeno real) trouxeram novas concepções a respeito do estudos das organizações sociais. Na Teoria administrativa, os estruturalistas se concentram nas organizações sociais, variando entre o estruturalismo fenomenológico e o dialético.

  4. O Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é bastante antigo. Heráclito, nos primórdios da historia e da filosofia, concebia o "logos"
 como uma unidade estrutural que domina o fluxo do ininterrupto do dever e o torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam a mesmas devido a continua mudança das coisas. Estrutura é um conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é , a estrutura mantém se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.


Estruturalimos

O estruturalismo está voltado para todo e para o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo. 

A Teoria Estruturalista é representada por grandes figuras da Administração.

Os principais expoentes da Teoria Estruturalista são:

  • James D. Thompson
  • Victor A. Thompson
  • Amitai Etzioni
  • Peter M. Blau
  • David Sills
  • Burton Clarke; 
  • Jean Viet 

No fundo, os autores da Teoria da Burocracia também podem ser considerados estruturalistas.

  • Max Weber
  • Robert K. Merton
  • Philip Selznick
  • Alvin Goudner

Alguns autores neo-estruturalista ou em sua fase neo- estruturalista são:

  • James D. Thompson
  • Charles Perrow
  • Jay R. Galbraith
Estrutura 
" O todo não é de nenhuma maneira a suas partes ... Para que haja estrutura é necessário que existem entre partes outras relações que não a simples jusaposição, e que cada uma das partes  manifeste propriedade que resultam da sua dependência à totalidade."
Ha estrutura(em seu aspecto mais geral, para Jean Viet) "quando elementos são reunidos em uma totalidade e quando as propriedades dos elementos dependem inteiramente ou parcialmente desses carecteres da totalidade". Assim, toda modificação de um elemento acarreta a modificação dos outros elementos e a relações".

Bibliografia : Idalberto Chiavenato
                                 Introdução
                      Teoria Geral da Administração
                      sétima Edição, Revisada e Atualizada
                      Editora: ELSEVIER- CAMPUS