Origens da Teoria da Burocracia
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de 1940, em função dos seguintes aspectos:
- A fragilidade e a parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas, ambas oponentes e contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global e integrada dos problemas organizacionais. Ambas revelam o ponto de vista extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais amplo e completo.
- A necessidade de um modelo de organização racional capaz de caracterizar toas as variáveis envolvidas, bem como o comportamento dos membros dela participantes, e aplicável não somente a fabrica, mas toda a forma de organizações humana e principalmente as empresas.
- O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais bem-definidas. Milhares de homens e mulheres colocados em diferentes setores de produção e em diferentes níveis hierárquicos : os engenheiros e administradores no alto da pirâmide e os operarios na base. Devem executar tarefas especificas e ser dirigidos e controlados. Tanto a Teoria Clássica como a Teoria das Relações Humanas mostraram-se insuficientes para responder à nova situação.
- O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, seu criador. A Sociologia da Burocracia propõe um modelo de organização e as organizações não tardaram em tentar aplica-lo na prática, proporcionando as bases da Teoria da Burocracia.
Origens da Burocracia
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequadação dos meios aos objetivos(fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. As origens da burocracia remontam à época da Antiguidade.
Burocracia como forma de Organização
A burocracia - tal como ela existe hoje, como a base do moderno sistema de produção - teve sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento, Weber salienta que o sistema moderno de produção, racional e capitalista, não se originou das mudanças tecnológicas nem das relações de propriedade, como afirma Kari Mark, mas de um novo conjunto de normas sociais morais, às quais denominou "ética protestante", o trabalho duro e árduo como dádiva de Deus, a poupança e o ascetismo que proporcionaram a reaplicação das rendas excedentes , em vez do seu dispêndio e consumo em símbolos materiais improdutivos de vaidade e prestigio. Verificou que o capitalismo, a burocracia(como forma de organização) e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas nos países protestantes e não em países católicos. As semelhanças entre o protestante ( o Calvinista, principalmente) e o comportamento capitalista são impressionantes. Esses três formas de racionalidade se apoiaram mutuamente nas mudanças religiosas. Para compreender a burocracia, Weber estudou os tipos de sociedade e os tipos de autoridade.Fonte Bibliográfica : Idalberto Chiavenato
Introdução
Teoria Geral da Administração
Sétima Edição, Revisada e Atualizada
Editora: ELSEVIER- CAMPUS