31 de mai. de 2015

Logística Rodoviária

Logística rodoviária na década de 90 meados no ano de 1999.

Com a dificuldade cada vez maior de repasse dos custos e da ineficiência aos produtos, em virtude da abertura de nossa economia, que antes tarde do que nunca nos brindou no início dos anos 90, e que nos permitiu buscar mercadorias de melhor preço em qualquer parte do mundo, ficou inevitável buscarmos uma forma de melhorar os custos de transferência de mercadorias, de modo a não encarecer os baixos preços dos produtos estrangeiros, bem como os nossos de exportação.
Com a continuidade da utilização quase absoluta  do modal rodoviário nas últimas décadas, já tendo representado 80% e hoje ainda 60%, e com os altos custos portuários que sempre tivemos seria impossível a apresentação de melhorias. Assim, foi inevitável a busca por melhores preços de frete, embarque, desembarque e transporte, bem como eficiência nas operações portuárias.

Para quem tem acompanhado a cabotagem é de fácil percepção que isto propiciou a sua fantástica recuperação nos últimos poucos anos, com crescimento não imaginável até há pouco, de 500% entre os anos de 1999 a 2002, tornando-se uma alternativa ao rodoviário. Isto não surpreende, considerando-se a costa navegável brasileira, de cerca de 8.000 quilômetros, e que não se deve menosprezar. Estranho era justamente a sua não utilização intensiva, tendo praticamente perecido há algumas décadas.

Ainda deixando dúvidas, devemos considerar a hidrovia, um modal de baixo custo e que não precisa de muito para tornar-se viável, principalmente a navegação na hidrovia do Mercosul, formada pelos rios Tietê, Paraná e Paraguai, com extensão comparável à costa brasileira, e que deverá ganhar espaço com o renascimento do Mercosul. 
Também o complexo amazônico tem sido de grande valia, visto a sua utilização como escoadouro para o exterior da produção de grãos no centro-oeste, e cujo transporte para o mundo apresenta mais vantagens quando levado ao Rio Amazonas, se comparado a seu transporte por rodovia para os portos do sul e sudeste do país. 


Logística rodoviária no Brasil


Muitos termos são usados em língua estrangeira exemplos como carga de caminhão cheio (FTL – full truck load) e A carga de caminhão cheio a menos de carga de caminhão (LTL – less than truck load) para a indicação de dois termos mais utilizados de transporte de cargas. Na primeira sigla podemos indicar o carregamento completo de um caminhão para carga e a segunda sigla o caminhão incompleto para carga.
 No Brasil podemos chamar de lotação completa FTL e carga fracionada no LTL; operacionalmente, há grande diferença entre os dois termos, pois no caso da carga fracionada, a operação é mais comum é formada por diversas etapas, como por exemplo:
·         Apanha do lote a ser transportado no deposito do cliente;
·         Transporte do lote até o centro de distribuição local da transportadora;
·         Descarregamento, verificação, rotulagens, triagens de mercadorias seguindo diversos destinos;
·         Transferência de mercadorias até a cidade de destinada;
·         Descarregamento, verificações e triagens de mercadorias segundo os destinos finais;
·         Distribuição local com a entrega da mercadoria ao cliente final.
Essas etapas podem ocorrer mais operações. Muitas organizações de transporte de carga possuem terminais de cargas intermediários de transito (Novais, 2001) para sua diminuição de custos, no entanto ficaria um valor muito elevado por produto transportado no transporte.
No transporte de lotação completa, a razão é obvia as quantidades transportadas são maiores, favorecendo de um veiculo mais amplo e totalmente utilizado (lotado).
Na carga completa tem de ser favorável por alguns motivos:
·         Veiculo em geral é maior, com um custo mais baixo por unidades transportadas;
·         Por ser homogênea, a carga melhor distribuída dentro do veiculo, com aproveitamento melhor do espaço, assim reduzindo o custo unitário;
·         Eliminam – se inúmeras operações intermediarias, com expressiva redução dos custos de movimentação da carga.
Segundo Novais o transporte brasileiro o valor para a transportação de produtos para a logística rodoviários para cargas caminhões incompletos pode ser bom para alguns tipos de regiões e desfavoráveis para outros tipos de regiões favoráveis.
Outra distinção importante que se faz para o transporte rodoviário de carga esta relacionada com a estrutura de propriedade do veiculo. Uma grande parte da frota brasileira é de propriedade de autônomos, pessoas físicas que prestam serviços de transporte para embarcadores diversos e para varias transportadoras. São utilizados predominantemente para o deslocamento em lotação completas, mas também pode ser utilizada para transporte fracionada principalmente na zona urbana, para ter melhor agilidade por motivos de alguns tipos de veículos não poder transitar em certos horários nos grandes centros. As transportadoras operam muitas vezes com frotas própria parcial, completando sua oferta de praça com veículos autônomos, para estar atendendo o seu cliente.